Hoje, dia de Nossa Senhora do Rosário, queremos lembrar a Sua assunção. Sim, pois depois de assunta aos Céus, Maria é esta que está junto do Filho, na glória do Pai, intercedendo por cada um de nós.
O Papa Pio XII, em 1950, proclama o ‘Dogma da Assunção da Santíssima Virgem Maria’, que consiste no seguinte:“Cumprido o curso de sua vida terrena, Maria foi assunta ao Céu em corpo e alma”. Para dizer que: 1º) Maria tem especial participação na ressurreição do Filho – Ela está unida à glória do Filho; 2º) Ela é a antecipação da sorte dos eleitos – primícias e exemplo da Igreja.
Segundo a Tradição da Igreja, logo após a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, João a teria levado para morar com ele, assumindo-a como mãe, numa cidade chamada Éfeso; todavia, antes de Maria vir a morrer – entenda-se esta morte não como consequência do pecado, pois Maria não pecou. O termo “dormição” é para dizer de uma morte diferenciada, não como qualquer morte fruto de pecado; a verdade é esta: Maria morreu – João a teria trazido para Jerusalém. Maria morre e é assunta em Jerusalém; pode-se dizer que ela tenha sido velada no Monte Sião, em Jerusalém, e levada para ser sepultada ao lado do Monte das Oliveiras, túmulo este que se encontra vazio – obviamente – e que pode ser visitado e visto até hoje.
A Santíssima Virgem Maria participa da Glória do Filho e é a antecipação da sorte dos eleitos; isso significa que já existe uma criatura ressuscitada no Céu, em copo e alma: Maria. Mas tudo isso devido ao fato de que Deus tê-La preparado para esta missão tão linda e particular: ser a Mãe do Filho d’Ele. Todavia, houve uma colaboração e uma correspondência pela parte de Nossa Senhora. Para dizer que ela é modelo de como ser Igreja. O devoto da Virgem Maria é aquele que toma a decisão de viver as virtudes dela, a saber:
Mulher do silêncio: Precisamos aprender com Maria a silenciar o nosso coração de todas as agitações do mundo e de todo barulho, fruto das realidades que são contrárias à vontade de Deus na nossa vida. Silenciar é muito mais que não fazer barulho; silenciar é ter a coragem de retirar-se constantemente para encontrar-se com o Senhor, e aí escutar o Seu Coração.
Mulher da Palavra: A Santíssima Virgem rezava os salmos; era íntima da Palavra de Deus; prova disso é ela repetir o Cântico de Ana ao se encontrar com Isabel, cântico este lá do Antigo Testamento. Muito mais que o fato de narrar esse cântico, a prova de que a Virgem Maria é a mulher da Palavra é a sua total confiança na misericórdia e na providêcia de Deus, que regia toda a sua vida e a vida do mundo.
Mulher do serviço: Maria sobe a montanha para visitar a sua parenta Isabel; ela vai à casa da prima não tendo como prioridade tratar de serviços domésticos, mas para levar o mistério até a vida daquela mulher, que, com certeza, muitos traumas trazia pelo fato de ter sido estéril por muitos anos – fato tido como sinal de maldição.
O mistério em Maria, que é o próprio Deus, a leva até a prima, para que esta possa ser curada. Para dizer que devemos ser, efetivamente, portadores e condutores do mistério, que é Deus, às pessoas, pois Ele se encontra em nós, dentro de nós, desde o momento do nosso batismo.
Mulher da obediência: Maria só tinha olhar para a vontade de Deus, para obedecer ao Todo-poderoso nas circunstâncias ordinárias da vida; é ela quem diz a cada um de nós – única frase de Maria na Sagrada Escritura, de forma direta: “Fazei tudo o que Ele vos disser.”
Viver esta festa de Nossa Senhora do Rosário, ser devoto de Maria por excelência, nada mais é do que obedecer a Deus e fazer com que Ele seja o Senhor, verdadeiramente, da nossa vida.
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova
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